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Elaemcurso: Como projetar o tempo na cidade? V E R S Ã O D I G I T A L em teste
com Arq. Ma. Germana Konrath
Diante da oportunidade (necessidade?) de criar novos marcadores temporais colocamos em prática este curso, mesmo com a premissa de que ele foi criado para "ser sentido".
Uma premissa transformada pelo contexto: como sentir, tendo tantas restrições sensoriais?
Outras tantas reflexões permeiam a versão em teste: quais seriam (serão) as “novas” formas de contagem do tempo? O que diz a arte diante desses desencaixes? E a filosofia? E a arquitetura?
Quais as novas "programações" para enfrentar o contexto planetário que nos desafia?
Na imagem, o Studio Arne Quinze – Uchronia, 2006 – Festival Burning Man, EUA
Docente Arq. Ma. Germana Konrath
Arquiteta, urbanista, gestora cultural e produtora artística, graduada pela FAUUFRGS, doutoranda e mestra pela mesma instituição. Desde 2003 atua na intersecção entre arte e cidade, realizando intervenções urbanas e projetos para CCMQ, SESI-RS, Universidade de Fortaleza, Galeria dos Correios do RJ, Iberê Camargo, Fundação Sicredi, grupo RBS, entre outros.
Trabalhou em 6 edições consecutivas da Bienal do Mercosul, destacando-se a coordenação de museografia e de produção executiva de 2009 a 2014 e foi gestora cultural da Fundação Iberê Camargo, de 2014 a 2017.
Programação segundas I entre 19h e 22h
06/04 I sobre o TEMPO
13/04 I sobre o EFÊMERO
20/04 I cinema, teatro e artes visuais - A ARQUITETURA DO TEMPO
27/04 I tempo das coisas + os 5 SENTIDOS
conforme quarentena I ateliê digital
conforme quarentena I experiência coletiva
Germana Konrath, noiva (2012)
A aula 1 ocorreu em 06/04 e tratou, também, de alguns conceitos de TEMPO.
Se a era moderna é reconhecida por suas grandes narrativas e pela invenção de uma história oficial, há que se pensar que não foi sempre assim.
Para os helênicos o tempo era um conceito distinto e o termo era, na verdade, passível de distintas traduções conforme seu sentido: khrónos, aíôn e kairós são pelo menos três diferentes interpretações daquilo que, para nossa língua, resume-se a tempo.
São concepções atualmente menos usuais, porém igualmente possíveis desta grandeza física da qual não temos, até hoje, uma definição precisa.
Uma das representações de Chronos é a de um deus que devora seus próprios filhos. O Titã Cronos na mitologia comeu seus filhos para que não se rebelassem contra ele e lhe tomassem o poder da Terra, como ele fez com o seu pai, Urano.
Uma vez que é impossível fugir ao tempo, todos seriam mais cedo ou mais tarde vencidos (devorados) por Chronos.
06/04
ENCONTRO 1 sobre o TEMPO


13/04
ENCONTRO 2 sobre o EFÊMERO

A aula 2 ocorreu em 13/04 e tratou, também, de alguns conceitos de EFÊMERO + ARQUITETURA EFÊMERA.
“Todas as arquiteturas são efêmeras, mas algumas obras são mais efêmeras do que outras. A luta das construções contra o tempo é uma batalha perdida de antemão contra a erosão dos elementos, a devastação do clima e a destruição do homem: a história natural da arquitetura nada mais é do que uma catástrofe em câmera lenta que os desastres de meteoros, conflitos ou demolições às vezes aceleram.”
(FERNÁNDEZ-GALIANO, 2011)
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Conical Intersect, Gordon Matta-Clark
1975, Nova York, EUA
Project me from what I want, Jenny Holzer
1978, Nova York, EUA
Exercício individual - aula 1: representar o tempo usando 1 folha de papel
[duração: música Shine on you crazy diamond - parte 1 a 5, Pink Floyd]
20/04
ENCONTRO 3 sobre MATERIALIZAR
A aula 3 ocorreu em 20/04 e tratou da MATERIALIZAÇÃO DO TEMPO NA ARTE
A materialização do tempo na arte: estudos de caso para cinema, teatro e artes visuais + a arquitetura do tempo em diferentes experiências de intervenção/instalação urbana.
Paradojo de la Praxis I - Algunas veces hacer algo no lleva a nada, Francis Alÿs
Cidade do México, 1977, Foto de uma ação
